Gênesis 37
- DEBQ MG
- 6 de fev. de 2017
- 3 min de leitura
FAVORITISMO, A PORTA PRA CONTENDA

Em Gênesis 37, temos o início da história detalhada de José, filho de Jacó (agora Israel).
Ele era o filho preferido de Israel, pois nasceu da esposa amada, Raquel.
Podemos notar nos primeiros versículos deste capítulo que José era um adolescente trabalhador, que tinha um bom caráter, pois não comungava com os erros de seus irmãos, mas que por falta de sabedoria entregava a seu pai todas as coisas erradas praticadas pelos seus irmãos. Ao trabalhar para seu pai, aos 17 anos, ele observava o que seus irmãos faziam e ia de pronto contar, isto causava um sentimento de ódio por parte de seus irmãos.
José era o preferido de seu pai, e isto também causava ciúmes e contendas entre ele e seus irmãos. Para piorar o ciúme dos seus irmãos, José teve dois sonhos que mostravam a sua exaltação futura.
O que esta história quer nos ensinar?
1º Ponto – O Favoritismo entre filhos, lideranças, amigos e etc. pode desencadear sentimentos terríveis de disputas e contendas.
Israel cometeu o mesmo erro que sua mãe, Rebeca, e o seu pai Isaque. Lembremos que Isaque preferia Esaú e Rebeca preferia Jacó (Israel) e este favoritismo causou um problema grave dentro daquele lar. Isto o havia separado de sua mãe, Rebeca, assim como o separaria do seu filho, José.
O favoritismo é perigoso! Em nossa vida podemos nos identificar melhor com alguém: um pastor, um pregador, um líder, um amigo ou até mesmo com um filho, mas precisamos respeitar as limitações das pessoas e entender que não podemos ficar comparando uma pessoa com a outra. Isto pode machucar, causar divisão, gerar complexos de inferioridade no rejeitado e um sentimento de soberba naquele que foi preferido. Cada pessoa possui suas qualidades e seus defeitos. Alguns se preparam ou sobressaem melhor para uma determinada tarefa, mas não cabe a nós condenar ninguém ao fracasso ou recriminar. Uma boa coisa a se fazer, quando percebemos deficiência na realização de tarefas por parte de alguém, é sinalizar a necessidade de mudança de práticas ou até mesmo de tarefas mais adequadas à capacidade de tal pessoa.
Os irmãos de José passaram a odiá-lo a ponto de desejarem sua morte. Isto tudo pela falta de sabedoria do próprio José que sempre os entregava, pelo favoritismo de Israel por ele, e pelos sonhos que José tinha e de imediato ia contar. Tudo isto indicava uma grande falta de sabedoria dos envolvidos.
2º Ponto - Que devemos refletir sobre o que podemos falar ou não perante as pessoas.
Deus tinha um plano de proteção do povo Israel e sobre eles pairavam a promessa de Deus da posse de uma terra abençoada. Este plano passaria pela vida de José com certeza. Mas, esta história nos ensina que nem tudo que sonhamos, ouvimos ou pensamos devemos contar.
Nós seres humanos, às vezes, não estamos prontos pra ouvir e nem falar.
Tem pessoas que ouvem uma coisa de Deus e logo vão contando pra todo mundo que aparece. Temos que ter discernimento de Deus pra contarmos pras pessoas certas aquilo que Deus nos revela. Tudo tem o tempo certo pra contarmos e as pessoas certas para ouvirem. Não quero dizer aqui que não podemos testemunhar aquilo que Deus tem nos dado, mas digo, que vigiar, ter sabedoria e discernimento são essenciais para não gerarmos ciúmes, contendas, desprezo, invejas e outros sentimentos ruins nas pessoas que estão nos ouvindo.
Continuemos a testemunhar as maravilhas de Deus, mas, evitemos aquilo que possa produzir sentimentos de competição entre irmãos, parentes, amigos ou auto promoção de nós mesmos.
Que o Senhor cresça sempre em nós, e que Deus possa ser glorificado através de nossas vidas!!!
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