A JUSTIÇA DE DEUS X A JUSTIÇA DO HOMEM
- DEBQ MG
- 15 de mar. de 2017
- 3 min de leitura

Romanos 2
"1 Meu amigo, não importa quem você seja, você não tem desculpa quando julga os outros. Pois, quando você os julga, mas faz as mesmas coisas que eles fazem, você está condenando a você mesmo." A carta aos Romanos é diferenciada devido ao seu formato de leitura desvinculada de tema capítulo por capitulo. Podemos perceber que ao lermos teremos assuntos que transpõem um capítulo para o outro. É como se a carta tivesse um só capítulo. O capítulo dois, por exemplo, Paulo continua advertindo os moralistas que julgam os erros dos outros, e esquecem-se dos seus próprios erros. Ao escrever este capítulo o apóstolo deixa palavras, que para algumas pessoas que nos ouvem seriam ofensas se pregássemos com tanta franqueza assim em nossas igrejas.
Mas acima de tudo é uma forma clara e verdadeira de chamar a atenção de uma classe de pessoas que sempre estão a julgar os serviços, os pecados e a vida dos outros.
Se, queremos agradar a Deus devemos fugir de qualquer atitude de julgamento. A palavra de Deus diz que o único Juiz é o Senhor, pois ele conhece com autoridade tudo que se passa na vida de alguém.
Por que temos pessoas que julgam tanto os outros? 1º) Porque, tais pessoas acham-se melhores do que os outros.
Temos na verdade muitas pessoas no nosso meio com conhecimento apurado, com uma vida exemplar, que trabalham muito, mas não podemos confundir boas habilidades com autoridade pra julgar os pecadores ou fracos na fé. A bíblia diz que o “maior é o que serve” não o que é o melhor em alguma área de sua vida. Se, queremos servir a Deus de verdade deixemos a quem é de direito consertar, cuidar, mudar, ou até mesmo julgar a vida de alguém, e esta autoridade de julgar pertence ao Senhor, não a nós.
2º) Porque tem pessoas que confiam na sua própria justiça.
O homem que confia na sua própria justiça não reconhece a necessidade da graça de Deus para os outros.
A graça de Deus é um favor dado a todos os pecadores, inclusive nós que conhecemos o Evangelho e servimos a Deus.
Não podemos nos esquecer de onde viemos e quem éramos. Outrora, éramos pecadores longe da vontade e dos caminhos de Deus. Mas através do infinito amor de Deus, fomos perdoados devido á Sua graça (favor que não merecemos). Quando julgamos os outros pensamos que eles não devem ter a mesma oportunidade que Deus nos deu. Privamos tais pessoas de serem ajudados por Deus e de receberem o perdão de d'Ele. Que possamos perceber nossa total dependência de Deus e nos conformar com sua vontade e seu julgamento acerca de tudo e de todos. É Ele o Juiz, nunca seremos nós.
A justiça de Deus e a Lei
Um outro ponto salientado por Paulo neste capítulo é a observância da justiça de Deus e de sua lei. Neste ponto Paulo relata que para os judeus a Lei foi dada primeiramente através de Moisés, mas ele coloca um ponto de interrogação para eles: de que vale conhecer a lei e querer impô-la aos novos convertidos gentios e não ter condições de cumpri-la fielmente?
Quantos de nós se julgam detentores das coisas de Deus e fecham as portas do céu para os pecadores e néscios na fé?
Fica para nós esta reflexão: De que vale querermos aplicar a Lei na vida dos outros se nós mesmos não a cumprimos na sua totalidade? Devemos sim a cada dia buscarmos servir a Deus obedecendo seus mandamentos, o que não podemos é querer viver nossa própria justiça.
Viver a vontade de Deus em obediência requer que entendamos que somos justificados perante Deus através de Cristo, não pelas nossas obras, mas sim através do seu sangue derramado na cruz. Isto sim nos garante acesso perante Deus.
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