AMIGOS MAIS CHEGADOS QUE IRMÃOS

ROMANOS 16

Este capítulo trata da despedida dos amigos e do último apelo de Paulo para a Igreja de Roma em favor da comunhão e unidade entre os irmãos. Ao final o apóstolo exalta a Deus por meio de uma adoração maravilhosa de louvor e exaltação da sabedoria de Deus.

O que nos chama muita atenção nesta carta é a citação de 26 nomes de amigos, irmãos, discípulos e líderes formados por Paulo. A Igreja situada em Roma nunca foi visitada por ele antes de sua prisão naquela cidade, mas era muito amada e reconhecida pelo apóstolo através destes irmãos que ele saúda.

Este capítulo de encerramento da sua carta aos Romanos é muito pessoal, contudo é uma passagem muito instrutiva a todos nós.

O quer podemos aprender neste capítulo?

Podemos tirar três lições básicas na vida de um líder espiritual através do exemplo de Paulo:

1ª Lição: Em nossa vida cristã independente de quem somos devemos fazer amizades que durem pra sempre.

Ao citar tantos nomes, vemos o círculo de amizades gerados pelo apóstolo Paulo.

Nós que estamos vivendo neste mundo devemos seguir este exemplo. Por onde quer que passemos devemos cultivar amizades como se as pessoas fossem da nossa família.

Nas Igrejas devemos fazer valer aquele carinho ao chamarmos as pessoas de “irmão ou irmã”. Este modo de tratamento tem que se igualar ao sentimento de amor que possuímos realmente por um membro da nossa família. A Você que me lê neste momento que possamos viver esta mesma proximidade descrita nesta carta, mesmo que não nos conheçamos “ao vivo e a cores”, que o amor que existe em Cristo Jesus possa nos ligar com verdadeiros irmãos em Cristo. Aliás, somos um só corpo em Cristo Jesus. 2ª Lição: Todos que somos irmãos em Cristo devemos prezar pelo cuidado e a preocupação em edificar a vida um do outro. Paulo além de citar os nomes mostra o cuidado pessoal que tinha em relação a cada um dos irmãos e irmãs citados. Ele começa recomendando a Febe a Igreja, pois ela provavelmente era desconhecida dos irmãos de Roma, visto que servia a Igreja em Cencréia, uma cidade portuária, vizinha de Corinto e distante de Roma cerca de 500km por mar (vv.1,2).

A partir do versículo 3 até o v. 16, Paulo se ocupa de cumprimentar diversos amigos que estavam morando em Roma. A primeira saudação de Paulo é para o precioso casal, Priscila e Áquila, que o hospedou em Corinto. Ambos eram fabricantes de tendas assim como Paulo, e além de serem seus parceiros na proclamação do evangelho, arriscaram suas vidas em favor dele.

Este casal estava sempre à disposição do Senhor, abrindo agora em Roma sua casa para os crentes se reunirem (1Co 16.19).

Na sequência (vv.5b-12), Paulo cumprimenta mais quatorze irmãos, neste capítulo. O cuidado para com os irmãos é uma marca de quem serve ao Senhor de verdade.

3ª Lição: Devemos evitar as divisões e a desunião causada pelos falsos cristãos.

Nos versículos 17 e 18 Paulo faz referência aos “falsos cristãos”. Pessoas que causam divisões na igreja, jogando as pessoas umas contra as outras e criam obstáculos ao ensino doutrinário que recebem. E o pior, tais pessoas fazem isso por meio de palavras sutis, bajulação e enganam os ingênuos.

É triste, mas esse problema é tão comum hoje como era no passado. Essas pessoas podem ser encontradas em qualquer igreja, independente de época ou lugar.

Eles distorcem “coisas essenciais” e propagam doutrinas contrárias à Palavra de Deus, baseadas nas suas ideias pessoais, causando divisões e desviando outros irmãos. Paulo nos orienta a evitá-los, não lhes dar atenção, muito menos entregar-lhes nossos corações ou ouvidos!

Podemos terminar nossos estudos sobre esta carta com a mesma adoração feita por Paulo no 27: “Ao Deus único e sábio seja dada glória para sempre, por meio de Jesus Cristo! Amém!” Que Deus te abençoe e que venha o novo livro ou a nova carta no próximo mês!!!