O QUE PODEMOS COMER?
- PR JOSÉ HORTA
- 8 de mai. de 2017
- 3 min de leitura

1ª CORÍNTIOS 8
Os irmãos no primeiro século debatiam fortemente a questão de comer carne que tinha sido sacrificada aos ídolos. Uma vez que as festas dos ídolos eram ocasiões sociais importantes, a família e os amigos pressionavam os cristãos para participarem delas. Um dado muito importante era que uma parte da carne consumida na cidade de Corinto era consagrada aos deuses, outra oferecida aos sacerdotes pagãos e outra parte vendida nos açougues. Cada um devia ser senhor do saber, isto é, decidir com sua própria consciência (saber) se devia comer a carne ou não. Todos sabiam que um servo de Deus não poderia adorar ídolos, mas assistir a um festival de ídolo era outra questão e alguns dos coríntios acreditavam que era correto fazer isso. Paulo dedicou três capítulos a essa questão crucial. Ele começou mostrando como visitar templos de ídolos poderia "ferir" os demais discípulos e, portanto, ser contrário ao princípio de amar uns aos outros.
Neste capítulo Paulo responde os argumentos dos coríntios que eram a favor de comer carnes dos ídolos da seguinte maneira:
1) "Sabemos que todos temos conhecimento" (8:1 NVI). Os coríntios se orgulhavam do conhecimento e sabedoria que possuíam (capítulos 1-4). Paulo respondeu que o amor supera o conhecimento, porque enquanto este ensoberbece, o amor edifica. Para visualizar a diferença, pense numa bolha e num edifício. O que ele queria dizer era que depois que aceitamos a Cristo e passamos a conhecer seus mandamentos não sofremos mais a influência dos ídolos que outrora servíamos, mas pelo amor aos irmãos que ainda são novos na fé e estão começando a desgarrar da influência dos seus antigos ídolos, nós abdicamos de comer carnes ou participar de cerimônias onde sabemos que existe a consagração de coisas. 2) "Sabemos que o ídolo não significa nada no mundo" (8:4 NVI). O ponto crucial do argumento dos irmãos de Corinto, era que não fazia mal assistir a festas de ídolos porque estes não existem. Paulo respondeu dizendo que os ex-idólatras honravam, em seu coração, o ídolo, enquanto assistiam. Isto quer dizer que se participamos de tais festas damos Ibope aos que planejaram aquele evento. E automaticamente estamos ajudando para que aquela festa pagã possa continuar existindo e levando várias pessoas ao engano da idolatria. 3) Finalmente, eles diziam que a comida era indiferente para Deus (8:8). Eles estavam insistindo no seu direito de comer o que lhes agradasse, mas Paulo afirmou que o amor, e não a liberdade, deve guiar nossa conduta. O perigo era que o irmão "fraco", induzido pelo exemplo do cristão "forte", entrasse no templo e realmente adorasse o ídolo. Desta forma, este abuso dos "direitos" por parte do irmão forte era capaz de levar o irmão a pecar. Ser culpado de destruir o irmão por quem Cristo morreu é um assunto bem sério. Conclusão
Nos nossos dias constantemente vemos estas discussões no nosso meio. A bíblia é muito clara em suas afirmações. Ela nos orienta à abdicarmos destes tipos de festas e alimentos que não glorificam o nome do Senhor, e pior, acabam levando a muitos à adorarem imagens, santos, duendes, fadas, super-heróis, e outros ídolos. Alguns podem dizer: é só desconsagrar que resolve!!! Mas e o testemunho perante os novos na fé? E a questão do fraco na fé que não deixou totalmente ainda as práticas idolátras do passado?
Cuidado!!! "Tudo é lícito, mas nem tudo nos convém"
E pra completar: Quando nos unimos a Cristo, cada um de nós somos responsáveis uns pelos outros. O testemunho fala muito alto na vida de todos. Cristo nos chamou para sermos o seu Corpo e sua Igreja, não nos chamou para vivermos como vivíamos antigamente por nossa própria cabeça, pois é Ele que é o nosso cabeça agora.
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